Em Férias em Cabanas-Algarve

Em Férias em Cabanas-Algarve
Catarina e Margarida

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

100 anos de República em Portugal

Apesar de quase todos os Portugueses conhecerem bem quando e como foi a Implantação da República em Portugal, amanhã, 5 de Outubro de 2010, 100 anos depois, vou aqui recordar esse dia. A 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e as estruturas do PRP (Partido Republicano Português). Na tarde desse dia, José Relvas, em nome do Directório do PRP, proclamou a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No dia 6 o novo regime foi proclamado no Porto e, nos dias seguintes, no resto do país. Em Braga foi-o no dia 7, tendo tomado posse da Câmara o Dr. Manuel Monteiro. A queda da Monarquia já era de esperar. Dois anos antes D. Carlos e D. Luís Filipe haviam sido assassinados por activistas republicanos. O reinado de D. Manuel II tentou apaziguar a vida do país sem sucesso. Foi um reinado fraco e inexperiente. Apesar de o 5 de Outubro não ter sido uma verdadeira revolução popular, mas sobretudo um golpe de estado centrado em Lisboa, a nova situação acabou por ser aceite no país e poucos acreditaram na possibilidade de um regresso à Monarquia. Assim surge a chamada I República Portuguesa, caracterizada por forte instabilidade política e económica e conflito com a Igreja, que terminou em 1926, com o golpe de 28 de Maio de 1926 a que se seguiram muitos anos de ditadura, até à Revolução de Abril de 1974, à qual a maioria dos Portugueses assistiram com alegria. E continuamos em Democracia, poucos são os que pensam na volta à Monarquia, porque a não ser os centenários, ninguém nasceu no tempo da Monarquia, nem acredita que a Monarquia pudesse melhorar a crise económica em que Portugal se encontra. Após o 5 de Outubro foi substituída a bandeira portuguesa. As cores verdes e vermelho significam, respectivamente, a esperança e o sangue dos heróis. A esfera armilar simboliza os Descobrimentos, os sete castelos representam os primeiros castelos conquistados por D. Afonso Henriques, as cinco quinas significam os cinco reis mouros vencidos por este Rei e, finalmente, os cinco pontos em cada uma as cinco chagas de Cristo. O hino" A Portuguesa"composto por Alfredo Keil, tornou-se o hino nacional

sábado, 4 de setembro de 2010

Homenagem a uma jovem bombeira---Josefa Santos

Josefa, 21 anos, a viver com a mãe. Estudante de Engenharia Biomédica, trabalhadora de supermercado em part-time e bombeira voluntária. Acumulava trabalhos e não cargos-e essa pode ser uma explicação para a não conhecermos. Para conhecermos a Josefa foi preciso acontecer um desatre! Aconteceu o mês passado. Josefa morreu em Monte Meda, Gondomar, cercada das chamas que foi apagar de graça. A Josefa revelou-nos que há miúdos de 21 anos que são estudantes e trabalhadores e bombeiros , sem nós sabermos. Como é possível nos dias comuns e não de tragédia, não ouvirmos falar das Josefas que são o sal da nossa terra?
Adaptado de um Artigo publicado no Diário de Notícias

terça-feira, 29 de junho de 2010

Paz


Não procure pela PAZ no exterior, pois ela reside dentro da alma...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Como uma flôr vermelha


Como uma flor vermelha
À sua passagem a noite é vermelha,
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.

Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.

Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresc
Como uma flor vermelha.

Sofia de Mello Breyner (1919-2004)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Pensamento


A vida é um jogo de lembranças e esquecimentos. Aprenda a colocar um ponto final naquilo que é necessário esquecer e lembre-se das experiências positivas que lhe dão força para continuar.
(Adaptado de um email)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

A Vida num Sonho ( Poema de Rosa Lobato Faria)


Rosa Lobato Faria (1932-2010) foi Poetisa, romancista, argumentista, cronista e actriz de teatro, cinema e televisão, sendo igualmente autora de letras de canções e fados.·

Recordemos um dos seus Poemas

A Vida num Sonho

Quem me quiser há-de saber as conchas
a cantiga dos búzios e do mar.
Quem me quiser há-de saber as ondas
e a verde tentação de naufragar.

Quem me quiser há-de saber as fontes,
a laranjeira em flor, a cor do feno,
a saudade lilás que há nos poentes,
o cheiro de maçãs que há no inverno.

Quem me quiser há-de saber a chuva
que põe colares de pérolas nos ombros
há-de saber os beijos e as uvas
há-de saber as asas e os pombos.

Quem me quiser há-de saber os medos
que passam nos abismos infinitos
a nudez clamorosa dos meus dedos
o salmo penitente dos meus gritos.

Quem me quiser há-de saber a espuma
em que sou turbilhão, subitamente-
Ou então não saber coisa nenhuma
e embalar-me ao peito, simplesmente...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010




João Villaret (Lisboa, 10 de Maio de 1913 — Lisboa, 21 de Janeiro de 1961) foi um actor, encenador e declamador português, que as gerações mais antigas conheceram e admiraram. Em 1950, com o aparecimento da televisão, transpõe para este meio de comunicação a experiência que adquirira no palco e em cinema, assim como em programas radiofónicos. Aos domingos declamava na RTP, com graça e paixão, poemas dos maiores autores nacionais. Um dos seus êxitos foi o "Fado Falado", que aqui vos deixo